sábado, 7 de novembro de 2009

Sem Convite

“Eu começo a pensar... mas na hora não sei o que dizer. Eu penso que vou... mas na hora paro de me mover...” Se morrer, colabora! Se sumir, agradeço! É muita falta mesmo de interesse por quem não é nada além de uma pose enquadrada. Eu não convido nem convivo com qualquer um. Muito frasco e pouco perfume. Muita embalagem e pouco conteúdo. Muita festa e pouca cultura. Cabeça, cabeça... cabeça dinossauro! Nariz de cera e pele de louça. Alma imunda e materialista. Vejo tão pouca gente com algo para dizer, tão poucos sabem assumir algo particular. É uma opacidade, uma homogeneidade assumida que quando dobra a esquina dá pra ver o repertório. No vestir, no falar, no ler, no ouvir, no pensar... Quero preservar minha identidade, conhecer outras coisas... muita coisa me interessa, mas o mundo se tornou um lugar comum... não convido qualquer um pra entrar em minha casa, da mesma forma, não convido qualquer filme, música, livro... tempo perdido com tudo que não é nada além de uma grande pose enquadrada, momentânea e desbotada. É tudo prato feito e burrice... o lado bom é encontrar alguém capaz de ver outras formas e caminhos no meio de tantas coisas iguais... espécie rara em extinção...