terça-feira, 17 de março de 2009

No Silêncio do Mundo

Veio ela silenciosa
Veio o véu da noite me cobrir de estrelas
Vejo a vertigem se abater em sonhos guardados
Vem o véu da noite revelar lembranças e saudades
No escuro que abriga um corpo deitado
E o véu leva a leve sensação de um abraço
E o laço ainda é um elo de suspiros
No meio do nada ressalta um fio de esperança
E cala e me fala e toca e retoca as feridas que a faca tece
As paralelas se tocam e o corpo adormece

Amanhece e tudo se torna importante e necessário
Embriago o tempo com falsas verdades
Superfície superficial que salienta seriedade
Que bom seria se suprisse a senhora das verdades
Que quando a noite cai me transforma por completo
Torno-me astronauta a vagar perdido no espaço dos pensamentos
Vaga lembrança de um dia feliz ao lado da outra parte
Verdade é verdade não existe metade
Compartilha a cama ao lado do eu como que deitado em um espelho
Sozinho me completo e encontro você retida na metade de um terço

Vejo o leito da noite silenciosa
Derramo as lágrimas guardadas para ti
Seria outro rosto parado diante de mim
Assim eu pronuncio teu nome em pensamentos contidos
Olho pra dentro esperando ver o teu sorriso
No silencio do mundo eu ouço a tua voz a suspirar silêncios
O perfume corre e escorre pelo corpo encoberto
Resta esperar que amanhã eu te encontre mais uma vez
Resta acreditar em um sonho que te fez
Espero e acredito nesse beijo, nesse leito, nesse meu infinito desejo

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