sexta-feira, 12 de junho de 2009

As folhas sobre as ruas onde cresci

Estranha silhueta de um acorde que ainda não sei como terminar. Eu conheci a possibilidade de não voltar a ser. Um céu de nuvens negras e linhas prateadas que a música revelou. O fundamental é mesmo diferente de tudo aquilo que guardo na gaveta. Atravessa os meus ouvidos um fio condutor. Eu me entrego de maneira tão sutil e silenciosa. A voz mansa e o coração quente. A boca úmida e a língua ardente. A face de um dado que eu nunca mais havia visto. As novas possibilidades e as cores que não podiam ser deste céu. Agora é tudo vivo e verdadeiro. Os olhos e o sorriso. O sentimento e a luz. Antes a opacidade de algo não tão sincero e vivo. O caminho de agora e as risadas dos amigos. O pôr do sol na praia e as histórias que começamos a colecionar juntos. Um momento que é mais que fundamental. Estamos vivos quando caímos na piscina. Olhe no espelho e ria de suas marcas. Eu sabia que veria esses dias mais uma vez. Eu senti meu corpo quebrando. Eu senti meu corpo dobrando-se ao frio. O inverno das folhas mortas acabou. O perfume da chuva que terminou. Agora é o sol e o vento de Junho que sopra as folhas sobre as ruas onde cresci. Quando a lágrima veio, eu me permiti sofrer. Agora é hora de sorrir. Eu sobrevivi. Agora vou viver.

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