domingo, 3 de maio de 2009

Âncora

Eu fui condenado
Sem merecimento
Por um sentimento
Por uma paixão
Violenta emoção
Pois amar foi meu delito
Mas foi um sonho tão bonito
Hoje estou no fim


Uma vida para ser vivida. Pelos acertos e erros. Parei diante do espelho e tentei me enxergar. Algo emergiu dos meus mares profundos. A maré alta começa a baixar. A calmaria e a agonia de quem quer mergulhar e beber o mundo inteiro. Uma centelha divina que foi selada dentro de mim para viver uma única vida. Não haverá outro. Serei sempre diferente a cada segundo, a cada amanhecer. Sou muito estranho mesmo. Tenho uma loucura e uma paixão. Tenho uma sinceridade e uma razão. Eu absorvo cada miligrama do que se pode sentir.

Se todos fossem
Iguais a você
Que maravilha viver
Uma canção pelo ar
Amar sem mentir, nem sofrer
Existiria a verdade
Verdade que ninguém vê
Se todos fossem no mundo iguais a você


Joguei a âncora estando em mar aberto. Subi até as estrelas e comecei a rezar. Fechei os olhos. Havia um milhão de luzes olhando para mim. Perguntei ao senhor do infinito aonde essa jornada vai me levar. Somos todos incapazes de saber. Quero apenas me espelhar em algo verdadeiro. Não vou me tornar uma mentira para viver da hipocrisia. Não vou virar um santo nome... nem quero. Mas tudo tem um limite. Aparo essas arestas para entender até onde posso ir. Aonde o oceano se torna um abismo sem fim. Agora quero mapas e cartas, bússolas e estrelas para me guiar. Até o dia em que eu avistar o meu porto seguro. Uma âncora para pensar antes de continuar.

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